sexta-feira, 11 de setembro de 2009

DIA A DIA: DOMINGO 30

















DIA A DIA: SÁBADO 29























quinta-feira, 3 de setembro de 2009

DIA A DIA: SEXTA 28



sexta-feira, 28 de agosto de 2009

DIA A DIA: QUINTA 27






quinta-feira, 27 de agosto de 2009

DIA A DIA: QUARTA 26
























quarta-feira, 26 de agosto de 2009

DIA A DIA: TERÇA 25








terça-feira, 25 de agosto de 2009

DIA A DIA: SEGUNDA 24







Sejam todos bem-vindos à Semana dos Baleeiros que hoje se inicia.
Nada melhor para inaugurar a festa maior dos baleeiros do que fazer uma iniciativa em sua honra: esta Exposição, Memória Baleeira, que também hoje se inaugura.
Quando era difícil ser açoriano, nos tempos de enorme escassez de quase tudo, aqueles de quem quase todos nós, orgulhosamente, descendemos, decidiram, com a maior naturalidade do mundo, não deixar que fossem outros a traçar os seus destinos. Primeiro, deitaram as mãos à rocha dura e dela fizeram terra arável e casas de conforto e trabalho; depois – ou às vezes ao mesmo tempo – aprenderam o que tinham que aprender e logo, com toda a sua imaginação, destreza e bravura foram-se aos gigantes do mar. Da caça deles, fizeram com que acrescentar mais qualquer coisa ao que arduamente também tiravam da terra, e fizeram história, e ajeitaram matéria para a arte e a literatura. Foram baleeiros – no mar e em terra. Foram heróis quando era preciso que fossem heróis. Quando era difícil ser açoriano.
Quando a indústria baleeira, propriamente dita, nasceu no nosso Concelho, na SIBIL, muitos dos baleeiros juntaram ao esforço do mar a labuta na fábrica, para o desmancho e transformação do cachalote em óleos e farinhas.
Os nossos baleeiros têm tido, felizmente, o reconhecimento de todos nós. É com orgulho que sabemos as suas histórias e sabemos os seus nomes. Vários têm sido os actos e as obras que perpetuam o passado baleeiro nas Lajes do Pico: o Museu dos Baleeiros, o Monumento à Baleação e este Centro na recuperada fábrica SIBIL são excelentes exemplos.
A nossa opção neste duplo evento (Exposição e Livro-Catálogo) foi, como se vê, outra – embora em sentido coincidente. Decidimos, ao mesmo tempo que honrávamos a memória de todos os que participaram na saga baleeira, destacar os vivos e dar assim a conhecer às novas gerações quem foram os protagonistas de tão significativo período da história lajense – protagonistas, alguns nossos amigos ou familiares, que podemos encontrar em qualquer momento da nossa vida diária: os rostos vivos da memória baleeira.
Quem nos visita hoje pode olhar estas fotografias e momentos depois poderá encontrar um destes homens ou mulheres em qualquer ponto do Concelho, e, assim, poder também desfrutar de uns momentos de conversa, da história viva da grande saga baleeira.
Esta Exposição resultou de um trabalho de Paulo Nuno Silva que fotografou, em 2008, em duas ocasiões distintas, no nosso Concelho, 104 homens e mulheres que tiveram parte das suas vidas ligadas à caça à baleia e ao labor na fábrica SIBIL. Entretanto, três deles, infelizmente, deixaram de estar entre nós. Mesmo assim, decidimos manter os seus retratos, em dupla homenagem.
Muitos dos baleeiros, continuam, felizmente, vivos, tal como algumas das nossas bravas mulheres que vieram para esta fábrica dar o seu contributo – talvez menos conhecido e reconhecido, penso. Com esta Exposição que agora é dedicada a todos esses homens e mulheres, e com o respectivo livro-catálogo, celebramos as suas vidas, manifestamos-lhes o nosso humilde agradecimento e, com uma pontinha de emoção, desejamos que continuem muito tempo entre nós.

Neste ano da nossa Semana dos Baleeiros em Honra da Senhora de Lourdes as expectativas são naturalmente altas. Fizemos um grande esforço para dar a todos o melhor dos espectáculos, da animação, da cultura e da diversão, em condições que valorizam e dignificam quem nela participa, e todos – e são muitos – os que da Festa usufruem.
Mantivemos o modelo que mais consenso reúne. As marcas que fazem da nossa Festa uma das mais prestigiadas da Região. A parte religiosa, que a singulariza, a qualidade e a diversidade dos espectáculos, o pendor cultural com livros, exposições e conferências, os inigualáveis comes e bebes, a animação para crianças e jovens, a quermesse e a animação nocturna, além de muitas outras iniciativas, próprias ou de terceiros, que se mantêm, e, em certos casos se reforça, como é o caso dos espectáculos – dois por noite, em dois palcos distintos. Destaco, por óbvio merecimento, a realização dos concertos das nossas Filarmónicas no palco principal da Pesqueira, local que lhes permite excelentes condições técnicas, melhor audição para todos e uma valorização ainda maior da sua música. Aumentamos este ano os eventos desportivos, mas continuam a ter o habitual destaque as nossas Regatas Baleeiras, sempre muito participadas e que constituem um dos maiores ex-libris da nossa Festa. A Senhora de Lourdes tem este ano mais uma manifestação da nossa devoção, com a realização de uma Procissão pelo mar em sua honra.
Embora não goste deste tipo de realces, não posso deixar de lembrar que a Festa em Honra da Senhora de Lourdes, faz-se quase exclusivamente com o financiamento da Câmara Municipal e com alguns apoios de iniciativa privada, continuando, infelizmente, sem ter o apoio que merece dos responsáveis políticos desta Região.

Agradeço a todas as pessoas e entidades que tornaram possível mais uma edição da Semana dos Baleeiros.
Por fim, convido a todos ao convívio com os nossos baleeiros e antigos trabalhadores e trabalhadoras da fábrica SIBIL e, mais logo, e até ao fim da semana, a usufruírem de mais uma grande Festa Baleeira.

Obrigada.
Bem hajam!


Sara Santos
, Presidente do Município das Lajes do Pico, na Sessão Solene de Abertura Oficial da Semana dos Baleeiros 2009 e Inauguração da Exposição Memória Baleeira (fotografias de Paulo Nuno Silva)
Lajes do Pico, 24 de Agosto de 2009